UM CASCUDO, DOIS CASCUDOS, TRÊS CASCUDOS,
MUITAS CONVERSAS
- Câmara CASCUDO (Museu em Natal, RN por Regina)
- Elza Maria Freire (Memórias através de nossas conversas)
- José Amauri Freire VIAJ PELAS TERRAS POTIGUARES (youtuber ‘Viajando Pelas Terras Potiguares)
- Terê Lima Diaz (Escritora)
- Irene Lobo (Escritora)
- Aderbal Bastos (Escritor)
- Lara S. Aguiar (Escritora)
- filha de Laene (filha de Laene, Escritora)
Aprendi a usar trocadilho com Marshall McLuhan, o teórico canadense do meio e a mensagem. Este é um carinhoso sobre os cascudos que levo na cabeça ao ler meus amigos escritores, é um cascudo tipo para acordar, para que eu possa também escrever, perceber, falar particularmente sobre os amigos escritores que conheço. Expressar o que penso é preciso coragem, mas não é difícil encontrar escritores brilhantes.
A inteligência, em última análise, é a capacidade de adaptação.
– Câmara Cascudo.
Em agosto de 2018, a Tia Elza nos levou até a Casa Museu do escritor potiguar Câmara Cascudo. Nesse dia, uma equipe de TV, filmava a Casa Museu, aguardamos concluir a reportagem para entrar, também vimos estudantes fardados fazendo visitação.
Foi uma surpresa encontrar a neta de Cascudo, Daliana e multifacetado Woldney Ribeiro (cenógrafo), que mantém a casa para visitação.
Quando comecei a escrever sobre as pessoas que tanto admiro, costumava postar em datas comemorativas. Ao visitar a casa museu de Cascudo, em Natal, RN, tive um insight, não sabia que o mês de agosto é o mês do folclore e que leva a alcunha de “Agosto Cascudo”. Não hei de escrever seus tantos 150 livros, mas hei de admirar e contemplar a essência do genial escritor nordestino. Sendo ali a primeira casa de um escritor que visitamos, guardarei com carinho esse momento especial. Tenho em mente e almejo conhecer outras CASAS MUSEU, como de Cora Coralina (Goias Velho – museucoracoralina, conhecemos no feriado de 15/11/2019), Shakespeare (UK), Karen Blixen (Dinamarca e Africa), Charles Dickens (londresparaprincipiantes – roteirosliterarios – dickensmuseum). Admiro quaisquer escritor – que tenha deixado um legado de conhecimentos para outras gerações. Quisera ser a primeira a fazer um filme cinebiográfico sobre ‘Cascudinho’ e ‘Nísia Floresta’ que são nossos heróis brasileiros e eles precisam reaparecer na Sétima Arte.
O dia do folclore brasileiro é comemorado em 22 de agosto, no momento da visitação haviam estudantes e os jornalistas da TV Tropical (Natal-RN), fizeram uma matéria sobre o folclorista, achei uma remota reportagem da TV Tropical, não a atual.
Perguntei ao primo Danilo (sobrinho de Abdon), se ele sabia quem era Câmara Cascudo. Ele não saiba e só respondeu com um emoji de “legal”. Ao primo Danilo – espero que ele não esqueça nunca mais, das indagações que fiz – quem foi Cascudo? Ele respondeu com muita demora – “Professor, Educador, Folclorista, Advogado, Escritor”.
Jogo ao Universo o meu desejo de fazer desenhos animados dos contos ‘Lendas Brasileiras – As mais famosas lendas contadas pelos mais famoso folclorista brasileiro’, de Câmara Cascudo.
Daliana e Woldney nos indicou assistir no YouTube o documentário “Conversa com Cascudo” (1977). Ao pesquisar encontrei várias postagens no YouTube, coloquei aqui em ordem alfabética. Eu, Lu e Tia Elza passamos uma tarde memorável ali com ‘Cascudinho’. Ainda falei para Daliana, só queria respirar o mesmo ar do escritor, para ter um cascudo-insight. Daliana achou graça, porque a tia Elza pediu o livro ‘Actas Noturnas’, motivo de rir da proeza de minha Tia.
Foi uma descoberta saber que Woldney também é restaurador. Em pouco tempo, percebi que ele é workaholic, estava com o dedo machucado e ali continuava a trabalhar sem trégua. Disse que perdeu o dedo acidentalmente e chorou o que tinha de chorar porque não podia ter o dedo de volta, e o trabalho era seu ofício e também o seu divã. Falei que ele é um herói porque salva-livros. Ontem (02-09-2018) um museu pegou fogo, no Rio, o Museu Nacional. Espero que algo similar não ocorra em outros museus.
Woldney Ribeiro (restaurador e guardião do acervo)
Livro ‘Geografia do Brasil Holandês’ (antes e depois) restaurado por Woldney
Pavilhão Dália Freire Cascudo
Casa de Cascudo – devo pensar que antigamente tinha vista para o Rio Potengi, hoje tem um prédio do outro lado da rua.
Lu, Woldney, Daliana (neta de Cascudo), Elza e Re.
Corredor da Casa – entre a Administração e o Pavilhão
A Administração do Instituto Lucovicos fica no (térreo) e a Biblioteca e o acervo logo no (1º andar). Para visitar o museu basta pagar uma taxa de R$ 5.
Resumo da ópera – mais uma marca de que todo escritor é supersticioso, Cascudo!
“Só o jumento não tem superstição”
– Câmara Cascudo
Site Oficial: cascudo.org.br
cascudo.org.br/instituto/memoria
Instagram: @institutocascudo
Artigos e Documentários - Reportagens:
Em homenagem a Tia Coruja, Tia Elza adora estes passeios copie o BIG BANG THEORY dela ou a tempestade de ideias que ela tem diariamente.
São alguns relatos do diários.
Resolvi copiar os longos textos de Tia Elza, que ela escreve no WhatApp, porque a timeline se perde e aqui fica registrado até o dia que a Tia Elza resolver publicar suas memórias. Ela escreve bem, tem uma memória impressionante. Falar com tia Elza é sempre um misto de cultura e reminiscências. Aliás, os filhos de Manoel Amaro Freire e Maria de Lourdes Freire, amam e preservam a cultura, cada um em seu estilo peculiar.
Ontem passei o dia ouvindo Roberto Leal e acabei sonhando com a Vovó Lourdes, foi um sonho com cavalos e encontros. Acredito que o sonho só aconteceu porque li o texto de tia Elza. Foi um sonho interessante porque eu estava na Igreja de Sant’Ana e São Joaquim perto da vovó Lourdes. No sonho, meus primos estavam ao lado de Tio Meco. “Fá” estava junto aos beatos da Igreja. Aí a Tia Elza saiu da Igreja e um monte de crianças cantavam na porta da Igreja Matriz. Fiquei com a vó Lourdes vimos e vários cavalos brancos passarem em direção a ladeira do Japão cheios de rosas vermelhas, dava para sentir o vento passar com a cavalgada, depois que se foram seguimos para casa. No caminho, haviam vários cachorros e eu pegava a vovó nos braços e os afastava. Quando chegava em casa, a tia Angela abriu o portão e a levamos ao quarto. O sonho foi intrigante, porque parecia que vovó Lourdes está viva. Falei hoje (18/08/2022) para dia Elza que ontem ouvi Roberto Leal, o cantor preferido de Maria de Lourdes Freire. E por isso cantei a música “Arrebenta a Festa” e o trecho dizia: “…É assim que se arrebenta a festa Fado, vinho, amor e pão”. Também sonhei com o vovô Manoel recentemente, será uma prosa para outro dia.
lá vai time…
Natal-RN, 18 de Agosto de 2022.
“A QUEM INTERESSAR POSSA” :
Indo à Agência Central dos Correios ( Câmara Cascudo ) localizada na rua dos Tororós – no bairro Lagoa Nova, onde eu resido, deparei-me com essa planta nos jardins de um prédio vizinho: Condomínio Arco do Triunfo, N°837. Quase não acreditei quando percebi que é a mesma planta que havia na forma de uma grande touceira às margens de um pequeno riacho que passava pelos fundos da casa no “Sítio Catolé de Fátima”, outrora pertencente aos meus avós maternos: José e Maria. Fiquei um tempão a contemplar essa lindeza, que , por sorte, estava florida, através do vidro que a separava da rua . Comecaram a vir na minha mente algumas reminiscências da infância dos quatro anos de idade . Descíamos para para brincar no riacho e quebrar (com pedrinhas tipo seixos de rio, bem – branquinhas – que haviam em quantidade por lá ) os coquinhos das palmeiras tipo catolé que margeavam o riacho, para saboreá-los. – O sabor é quase igual ao de um côco grande – . Um filme começou a povoar a minha memória com reminiscências desse tempo da infância. Eu tinha estacionado o carro exatamente nessas proximidades. No retorno dos Correios parei novamente para contemplar a planta e tive a idéia de interfonar para a Portaria. Atendeu-me gentilmente o funcionário Valério. Perguntei se era possível que me autorizasse acessar o jardim somente para fotografar a planta e expliquei o por quê. Ele abriu o acesso de entrada e me acompanhou. Fiz as fotos. Daí, perguntei se ele poderia falar com o síndico do prédio para retirar uma preciosa muda para me dar. Ele ficou de falar com o Síndico e pediu que eu retornasse lá, no dia 31 de Agosto, próximo, quando o jardineiro Dedé também estará retornando das férias. Daí, este poderá fazer a muda de forma adequada para garantir uma maior sobrevivência da planta. Eu estarei lá ,no dia 31 de Agosto, próximo, sem falta , levando já o adubo para a muda ser colocada dentro. A lembrança desse riacho, dos seixos de rio, das piabas, dos pés de catolé, umbu-cajá (de muitos metros de altura e ampla e belíssima copa , que infelizmente foi extirpado do lugar sem estar fazendo mal algum a ninguém ), romã, umbú verdadeiro (havia dois belos pés, enormes) , araticum, plantação de algodão, feijão , milho, mandioca, etc. Havia pés de flamboyant por toda a parte, principalmente no caminho de acesso ao Rio Trairi, que margeava a frente da lateral direita da casa , a uma pequena distância. Aflorou tudo de uma vez à minha memória. Graças a Deus a gente pode ainda rever todas essa plantas, “ao vivo e a cores”, através da natureza que as faz brotar em qualquer lugar, até mesmo nos lugares escarpados e ariscos. A casa construída pelo meu avô José, também não existe mais. Não foi o tempo nem o vento quem a derrubou. Tentarei que ela renasça e se perpetue na forma de uma bela tela a ser futuramente esboçada pelo meu dileto amigo – o grande artista plástico Levi Bulhões – que já perpetuou em uma tela a casa de morada de Manoel Amaro Freire e Maria de Lourdes Freire), onde nasceram cinco de seus seis filhos. A única excessão é Hermes Emanoel que nasceu no ano de 1958 no Sítio Catolé de Fátima, exatamente quando eu tinha quatro anos de idade e Fátima cinco. Hermes é o terceiro filho. Fragmentos de reminiscências da nossa infância e da vida inteira sempre irão povoar os nossos sonhos, preservados e perpetuados somente aqueles que significarem fontes de amor e de alegria .
Essa rua dos Tororós, ganha, para mim, um grau de importância bem maior ainda, porque no Edifício Vinícius de Morais residem os meus diletos amigos – as ” belas almas gêmeas” Regina e Liacir ( grande Cientista honrosamente reverenciado por todos quantos conhecem a sua trajetória na UFRN e fora dela ) e pelos quais tenho profunda admiração e que moram no meu coração.
Elza Maria Freire
O funcionário Valério, com o qual conversei, e que também não sabe o nome da planta, informou que as mudas foram trazidas para o Condomínio por um biólogo que outrora lá residiu
ENTRE ASPAS
Rafael da Angela é biólogo ¦ Bom dia tia, é Lírio roxo ¦ Crinum asiaticum.
⊕
Esse aqui eu já tive mudas dele. Também exala um perfume incrível..
“Mateus 6:
Observai como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem fiam. Eu, porém, vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.”
fonte: bordadodemurmurios
Natal, RN [18:14, 07/08/2022] Tia Elza:
Todas as casas existentes nessa praça pertenceram a senhores de engenho. Em cada casa havia um piano. Lá no fundo as duas casas foram do Engenho Lagoa do Fumo e do Engenho Sapé. Lado direito: Engenho MIPIBU, Engenho São Roque, Engenho Belém, Engenho Ribeiro.
Das seis só uma não sei.
Lembrei : Engenho Taborda.
Essa foto do é dos tempos áureos da cana-de-açúcar.
[11:54, 09/08/2022] Tia Elza: O jarro mais bonito era um todo branco com desenhos de cajus , que Mamãe amava ficar olhando. Não sei onde está.
[11:56, 09/08/2022] Tia Elza: Tem uns no sítio de Amauri. Todos bonitos.
* Alberto Job enviou áudio comunicando que mandou revelar as fotos.
A cerâmica de Alberto Job virou obra de arte quando tio Hermes coloriu. Falei para tia Elza que a última visita que fizemos no ateliê que fica perto da Igreja Matriz de Mipibu, observamos que havia um livro do “Pequeno Príncipe”, de Saint Exupéry no birô de trabalho de Alberto. O livro mostra a simplicidade de Job.
Os Jobs são dois irmãos.
Ele era para ser AMÉRICO, antes mesmo de nascer já o apelidaram de “Meco”, aí veio o irmão gêmeo para apelidar de “Mito”. São dois tios diferente, um loiro que agora tem os cabelos igual ao de vó Lourdes e o outro com os cabelos igual ao do vovô Manoel. Um gosta de cultura, o outro gosta de esporte. Ambos casaram e divorciaram. Somando, tenho dois tios gêmeos, Tio “Meco” e Tio “Mito” e dois primos, Matheus e Marcos.
O Tio “Meco” tem um mapa na cabeça, viaja muito, conhece lugares, conhece pessoas. É da vibe potiguar cult itinerante. Agora que aposentou virou YouTuber além de ser blogueiro. Escrever extrai muito da personalidade, aquele lado do cérebro que todos desejam alcançar. Segue o link de tio Meco, que dá uma verdadeira aula de História. A mais recente publicação é sobre o município de LAGOA SALGADA. Colocarei em sequência as últimas edições.
Eu gosto muito do município de Nísia Floresta, porque tem mais de vinte Lagoas e o Litoral Sul potiguar, em que fica a Baía dos Golfinhos.
Lançamento do primeiro Vídeo.
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